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Culturalizando - Día de los Muertos

  • Ana Dias
  • 4 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Esse é o primeiro post da série “culturalizando” que visa falar de um elemento presente em alguma cultura (seja brasileira, estrangeira, indígena ou qualquer outra) diferente em cada postagem.

Aproveitando que estamos entrando no mês de novembro, decidi falar de uma tradição mexicana bastante curiosa do meu ponto de vista. O Dia dos Mortos – ou Día de Los Muertos em castellano.



Dia dos mortos

O Dia dos mortos é um feriado Mexicano, mas que também é celebrado em partes dos EUA em consequência do grande número de mexicanos que estão no país. O feriado acontece entre os dias 1 e 2 de novembro, mas os preparativos começam desde de 31 de outubro. Nesses dias os mexicanos homenageiam seus entes queridos que já se foram e acreditam que seus espíritos voltem para visitar os parentes, os das crianças no dia 1 e dos adultos no dia 2.

A origem dessa festividade – sim, porque esse feriado é de fato comemorado como uma festividade – é datada desde muito antes da chegada dos espanhóis na América. Nasceu dos costumes de nativos indígenas, como Mayas e Aztecas, por exemplo, há mais de 3000 anos atrás e era uma forma de honrar os ancestrais.

No Dia dos mortos os mexicanos fazem oferendas de comida para os mortos, enfeitam seus túmulos, fazem altares bem enfeitados e com velas e servem doces tematizados e decorados com os nomes dos falecidos. Uma comida típica da data é o “pan de muertos” ou pão dos mortos, que é um pão doce típico da festividade e um dos símbolos bem presentes no feriado é a caveira enfeitada que nós, os “gringos”, conhecemos como caveira mexicana. Desde o período pré-hispânico os indígenas guardavam os crânios dos mortos, pois essa era a parte do corpo que guardava as memórias, e durante a festividade faziam pinturas artísticas, daí surgiu essa tradição de usar crânios nesse feriado e esse costume acabou marcando a imagem do México que tem a Caveira mexicana como um dos seus principais símbolos no mundo.

Na cultura indígena o dia dos mortos era regido pela “Dama da morte”, esposa do deus Mictecacihuatl, rei dos mortos. Nos dias atuais a imagem da Dama da morte é correspondente a de La Catrina, que é uma representação da divindade feita pelo famoso pintor Diego Rivera, que foi marido da também pintora, e também famosa, Frida Khalo. Nessa representação a Dama é uma caveira sempre muito bem vestida de trajes finos.

La catarina


Caveiras de açúcar. Muito comuns no dia dos mortos



O curioso dessa tradição é que as caveiras nunca aparecem como sinônimo de algo triste ou macabro, é sempre tudo muito colorido e alegre. Isso faz com que através do dia dos mortos seja possível enxergar de uma perspectiva bem diferente da que aprendemos desde cedo o conceito de “morte”. E assim conseguimos extrair a lição que sempre há uma forma diferente de enxergar o mundo ao nosso redor, só depende da lente que se usa.


Video "Día de los Muetos" da The CG Bros


 
 
 

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